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Teorias sobre a História

Teorias sobre a História

Filipe Rocha, 382 págs., 1982

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7,50 €

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O nosso século é, em muitos aspectos, um tempo de contrastes: entusiasmo pelas descobertas científicas e pavor pelo poder que elas colocam nas mãos dos homens; planetarização das perspectivas e riscos e tentações de ridículos chauvinismos nacionalistas; ousada confiança nas capacidades humanas e impotência clamorosa face a problemas que está na mão dos homens resolver...

Algo de parecido se pode afirmar acerca da maneira como os nossos contemporâneos encaram a história. Até 1930, esta apresenta-se fundamentalmente qual ressurreição do passado: imagem confusa, diferenciada e dramática, que se desprende da poeira de bibliotecas e museus, ou se levanta de cemitérios e ruínas. A partir desta data, o sentido do vocábulo muda profundamente: o homem actual pretende tornar-se solidário da história («deixar uma cicatriz sobre a terra» - Malraux), depositando nela a sua esperança (Sartre e Aragon), ou recusando-a como visceralmente absurda (Camus). Seja como for, a história passa a ser encarada como processus vivo que abarca todo o devir humano - talvez a aventura do universo inteiro. O homem - individual e colectivo - sabe-se embarcado na história, sente-se história. A que praias irá abordar esta barca? Que destino nos reserva esta aventura?

A pretensão de vislumbrar o futuro não é de agora. De há muitos séculos a esta parte que o homem procura antecipar o seu porvir individual e colectivo. A princípio, lançou mão de augúrios e horóscopos; logo a seguir, confiou nos anfibológicos vaticínios de pitonisas e vestais; depois, inventou os astrológicos dias fastos e nefastos; mais tarde, aproveitou-se das reflexões filosóficas acerca da essência do homem e da sociedade, em ordem a vislumbrar a natureza do seu processo evolutivo; finalmente, voltou-se para o conhecimento científico: não será a história uma ciência que, sozinha ou apoiada em outros ramos do saber, proporcione uma prospectiva suficientemente segura do futuro da Humanidade? Esta interrogação é, em nossos dias, tanto mais pungente e repetida quanto o homem vai tomando mais dilatada consciência de ter nas mãos o seu destino.

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