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Uma Oficina Barroca de Vulcano. Dos originais às Versões Castelhanas dos sermões de Vieira

Uma Oficina Barroca de Vulcano. Dos originais às Versões Castelhanas dos sermões de Vieira

João Paulo Braga, 182 págs, 2000

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10,00 €

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Ao debruçar-se sobre as questões relacionadas com a escrita dos Sermões, no seu já clássico estudo sobre o estilo de Vieira, Raymond Cantel, sugerindo que alguns textos terão sido elaborados a partir de notas tiradas por escribas durante a pregação, alertava para a importância e necessidade da análise das primeiras edições espanholas do orador jesuíta, nos seguintes termos:

                         Certains sermons de Vieira, publiés dans les éditions espagnoles

                    de Madrid (1662, 1664, 1678) ont été sans doute imprimés d'après des

                    transcriptions de ce genre. Il serait intéressant d'en faire l'étude.

 Passados quase quarenta anos sobre a publicação dessas linhas, poucos estudiosos da parenética vieiriana atenderam ao apelo de Cantel. O único estudo sistemático sobre o assunto até agora publicado é da autoria de Helga Bauer. Trata-se, no entanto, de uma investigação que incide mais sobre a problemática das edições espanholas dos sermões, sua cronologia, projectos editoriais que presidiram à sua publicação, etc., do que sobre as traduções propriamente ditas. Foi Margarida Vieira Mendes quem, na sua obra fundamental sobre a oratória vieiriana, pôs em prática o apelo do estudioso francês, dedicando um capítulo, que vale essencialmente pelas ricas sugestões apresentadas, às traduções castelhanas dos sermões de Vieira, as quais analisa em confronto com as versões da editio princeps portuguesa, análise inserida no âmbito mais alargado da problemática das variações textuais dos discursos parenéticos do grande orador português. É também nesse âmbito, mas centrado no caso particular do Sermão contra as Armas da Holanda, que Frits Smulders aborda a questão, na introdução à edição crítica, por si preparada, do referido sermão. Recentemente Luisa Trias Folch publicou um artigo sobre o assunto, mas na perspectiva mais ampla da recepção da obra de Vieira em Espanha, ficando-se, no problema particular das traduções, por uma síntese das conclusões adiantadas por Margarida Vieira Mendes e por Helga Bauer.

O estudo das primeiras traduções castelhanas dos sermões de Vieira, publicadas em Madrid, à revelia do autor, em três tomos, sob o título de Sermones Varios, é o objecto deste trabalho. É que, apesar de o jesuíta apodar essas traduções de "falsa moeda", elas apresentam um valor que passamos a demonstrar, primeiro teoricamente, e depois na prática.

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