Categorias

Apostolado da Oração

Pesquisa

Trabalho livre e trabalho escravo na obra de Francisco Suárez

Trabalho livre e trabalho escravo na obra de Francisco Suárez

Margarida Seixas, “Trabalho livre e trabalho escravo na obra de Francisco Suárez,” Revista Portuguesa de Filosofia 75, no. 2 (2019): 1165–94, https://doi.org/10.17990/RPF/2019_75_2_1165.

Mais detalhes

À venda À venda!
10,00 €

137521165

Disponível apenas on-line

Trabalho livre e trabalho escravo na obra de Francisco Suárez

Type Journal Article
Author Margarida Seixas
Rights © 2019 Aletheia - Associação Científica e Cultural | © 2019 Revista Portuguesa de Filosofia
Volume 75
Issue 2
Pages 1165-1194
Publication Revista Portuguesa de Filosofia
ISSN 0870-5283
Date 2019
DOI 10.17990/RPF/2019_75_2_1165
Language Portuguese
Abstract This text’s purpose is the critical analysis of the works of Francisco Suárez (1548–1617). These works deal with the themes of slavery and freedom, especially in the context of free and slave labour. Slavery and its legitimacy were much discussed by peninsular authors of the sixteenth and seventeenth centuries, during the Second Scholasticism. These analyses gained momentum when military forces and Spanish settlers began enslaving the “Indians” of the American continent. In the seventeenth century, Suárez would validate the conceptions of earlier authors. However, the theme appears in his work mostly accidentally and at another level of remove, through the enunciation of abstract propositions or, at most, with reference to hypothetical situations. Like most authors of the time, Suárez also deemed slavery to be permissible. He considered that freedom was a natural right belonging to all men; however, he did not consider it inalienable: it could be sold or delivered by its own proprietor. Without questioning the obedience or submission the slave was believed to owe the master, Suárez held that the dominus’ power was not an absolute power but rather a “quasi-dominance,” one that excluded the possibility of killing or mistreating the slave. It is also important to analyse how, conceptually, slave and free labour were characterized and distinguished. Even in the seventeenth century, distinctions in terms of the time of attachment were still common. A rigorous distinction, founded on the kinds of obedience that can be demanded, can be found in Suárez’s work. Although he affirmed that servants, like slaves, were obliged to obey their masters, the former were only to be obedient insofar as they were bound by their office. Suárez’s text clearly distinguished free workers’ duty of obedience and limited it to certain functions. This last limitation, which may seem natural to us today, was unusual in the seventeenth century, so much so that it drew attention because it seems to presuppose a limit for subordination and, on the other hand, a dilation of the sphere of freedom in which that domain could not be exercised.
Date Added 01/07/2019, 18:36:55
Modified 02/07/2019, 18:34:14

Tags:

  • Francisco Suárez
  • free labour,
  • obedience,
  • slavery,

Notes:

  • Andrés-Gallego, José e Jesús Maria García Añoveros, La Iglesia y la esclavitud de los negros, Pamplona: EUNSA, 2002.
    Amezúa Amezúa, Luis Carlos, “La cláusula suareciana sobre la esclavitud de los negros”, Pensamiento: Revista de investigación e Información filosófica, Vol. 74, Nº Extra 279 (2018) (Ejemplar dedicado a: Francisco Suárez (1548-1617). ¿Un mero antecedente de la modernidad o una variante posible?): 237-262.
    Amezúa Amezúa, Luis Carlos, “Libertad natural y esclavitud voluntaria: reflexiones de F. Suárez sobre la esclavitud”, Human rights and ethics/Derechos humanos y ética – Proceedings of the 22nd IVR World Congress Granada 2005, edição de Andrés Ollero, ARSP Beiheft Nº 108/ Archiv für Rechts-und Sozialphilosophie, 191-198, Estugarda: Franz Steiner Verlag, 2007. 
    Andrés Santos, Francisco J. e Luis Carlos Amezúa Amezúa, “Observaciones sobre el contrato de servicios a la luz de un dictamen de Francisco Suárez”, in O Sistema Contratual Romano, coordenação de Jorge Miranda e organização de Eduardo Vera-Cruz Pinto, 427-447, Lisboa: Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa/Coimbra Editora, 2010. 
    Azpilcueta, Martim [Doutor Navarro], Enchiridion, sive manuale confessariorum el panitentium, Antuerpia, apud Philip Nedium, 1573.
    Boxer, C.R., A Igreja e a Expansão Ibérica (1440-1770), Lisboa: Edições 70, 1990.
    Caminha, Gregório Martins, Tractado da forma dos libellos, e das allegações judiciaes, e do processo do juizo secular, & ecclesiastico, & dos contratos com suas glosas do licenciado Gregorio Martins Caminha. Reformado de novo com addições, e annotações copiosas das Ordenações novas do Reyno, leys de Castella, & modernos, & outras formas de libellos, petições, & allegações judiciaes com a conferencia dos titulos das Ordenações antiguas com as novas. Compostas pello Doutor Joam Martins da Costa, Lisboa: Pedro Crasbeeck, 1610.
    Capdevilla, Nestor, “Las Casas et des Noirs: quels problèmes?”, in Déraison, esclavage et droit – Les fondements ideologiques et juridiques de la traite négrière et de l’esclavage, organização de Isabel Castro Henriques e Louis Sala-Molins, 41-58, Paris: Éditions Unesco, 2002. 
    Cardoso, Adelino, António Manuel Martins e Leonel Ribeiro dos Santos, Francisco Suárez (1548-1617) Tradição e Modernidade, actas do Seminário Internacional “A Obra de Francisco Suárez”, Lisboa, Edições Colibri, 1999.
    Carvalho, Mário Santiago de, O Curso Filosófico Jesuíta Conimbricense, Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2018, DOI: https://doi.org/10.14195/978-989-26-1544-8.
    Costa, António Domingues de Sousa, “A Expansão Portuguesa à Luz do Direito”, Revista da Universidade de Coimbra, vol. 20 (1962): 1-243.
    Costa, António Domingues de Sousa, “O factor religioso, razão jurídica dos Descobrimentos Portugueses”, in Congresso Internacional de História dos Descobrimentos Portugueses: Actas, vol. IV, 99-138, Lisboa: Comissão Executiva da Comemoração do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique, 1961. 
    Dinis, António Joaquim Dias, O.F.M., “Antecedentes da Expansão Ultramarina Portuguesa. Os diplomas pontifícios dos séculos XII a XV”, Revista Portuguesa de História, tomo X (1962): 1-118. 
    Eisenberg, José “A escravidão voluntária dos índios do Brasil e o pensamento político moderno”, in Análise Social, vol. XXXIX, nº 170 (2004): 7-35, http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218704648R7vGO3gi9Rk66BF2.pdf.
    Fonseca, Jorge, Escravos e Senhores na Lisboa Quinhentista, Lisboa: Colibri, 2010.
    Fonseca, Jorge, “A historiografia sobre os escravos em Portugal”, Cultura. Revista de História e Teoria das Ideias, vol. 33 (2014): 191-218, https://journals.openedition.org/cultura/2422. 
    Fouto, Ana Caldeira, Margarida Seixas e Pedro Caridade Freitas (coord.), Suárez em Lisboa 1617-2017. Actas, Lisboa: AAFDL Editora, 2018.
    Freire (dos Reis), Pascoal José de Mello, Instituições de Direito Civil Português, traduzido por Miguel Pinto de Meneses, Lisboa: Boletim do Ministério da Justiça, 1966. 
    Freire (dos Reis), Pascoal José de Mello, Institutiones juris civilis Lusitani: cum publici tum privati, Lisboa: Typ. Academia Regia, 1828.
    García-Añoveros, Jesús, “Los argumentos de la esclavitud”, in Nuevas Aportaciones a la Historia Juridica de Iberoamérica, coordenação de José Andrés-Gallego, Madrid: Fundación Histórica Tavera/Digibis, 2000, CD-ROM.
    García-Añoveros, Jesús, “Luis de Molina y la esclavitud de los negros africanos en el siglo XVI: Principios doctrinales y conclusiones”, Revista de Indias, LX (2000), núm. 219: 307-329
    González Fernández, Enrique, “Humanismo frente a esclavitud en América durante el Cuatrocientos”, Mar Océana. Revista del Humanismo Español e Iberoamericano, núm. 3 (1999): 65-78.
    Grócio, Hugo, De iure belli ac pacis libri tres, in quibus jus naturae et gentium; item júris publici praecipua explicantur, Amesterdão: Johannem Blaev, 1646.
    Hespanha, António Manuel, “Luís de Molina e a escravidão dos negros”, Análise Social, vol. XXXV, nº 157 (2001): 937-960, http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218724894A9pXX9ry6Pi66YY1.pdf.
    Las Casas, Bartolomeu de, Brevíssima Relação da Destruição de África, Lisboa: Antígona, 1996
    Maurício, Domingos, S.J., “A Universidade de Évora e a Escravatura”, Didaskalia, vol. VII (1977), fasc. 1: 153-200.
    Medina, F. de Borja, S.J., “El esclavo: ¿bien mueble o persona? Algunas observaciones sobre la evangelización del negro en las haciendas jesuiticas”, Esclavitud, economía y evangelización: las haciendas jesuitas en la América virreinal, compiladores Sandra Negro e Manuel M. Marzal, Lima: Pontificia Universidad Católica del Perú – Fondo Editorial, 2005: 83-122.
    Molina, Luís de, De iustitia et iure, Maguncia (Mainz): 1602.
    Olea, Manuel Alonso, De la servidumbre al contrato de trabajo, Madrid: Tecnos, 1979.
    Olea, Manuel Alonso, “La Persona Humana y la Prestacion de sus Servicios (Un apunte sobre historia de las ideas de Bodina a Hegel)”, Anales de la Real Academia de Ciencias Morales y Políticas, núm. 53 (1976): 205-245.
    Oliveira, Fernando, Arte da guerra do mar, Coimbra: Iohão Aluerez, 1555.
    Ordenações Filipinas, edição fac-similada da edição de Cândido Mendes de Almeida (Codigo Philippino ou Ordenações e Leis do Reino de Portugal recopiladas por mandado d’El-Rey D. Philippe I), Rio de Janeiro, 1870, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1985.
    Pimentel, Maria do Rosário, Escravismo e antiescravismo em Portugal: percurso e problemática da abolição, Tese de doutoramento em Estudos Portugueses, apresentada à FCSH-UNL, Lisboa, 1989.
    Pimentel, Maria do Rosário, Viagem ao fundo das consciências: a escravatura na época moderna, Lisboa, Colibri: 1995.
    Pufendorf, Samuel, De iure naturae et gentium libri octo, Lund: 1672 [1ª edição].
    Pufendorf, Samuel, De officio hominis et civis iuxta legem naturalem libri duo, Leipzig: Gottlieb Gerhard Titius, 1709 [a 1ª edição é de 1673].
    Sala-Molins, Louis, “Théologie et philosophie choisissent leur camp: l’esclavage de Nègres est légitime”, Déraison, esclavage et droit – Les fondements idéologiques et juridiques de la traite négrière et de l’esclavage, 23-39, organização de Isabel Castro Henriques e Louis Sala-Molins, Paris: Éditions Unesco, 2002.
    Seixas, Margarida, Pessoa e Trabalho no Direito Português (1750-1878): escravo, liberto e serviçal, Lisboa: AAFDL/Lisbon Law Editions, 2016.
    Soriano, Ramón, Historia Temática de los Derechos Humanos, Sevilha: Editorial MAD, 2003.
    Soto, Domingos de, De Iustitia et Iure, Lugduni, apud Gulielmum Rovillium, 1559.
    Suárez, Francisco, Tractatus De legibus ac Deo legislatore in decem libros distributus, ac Deo legislatore, Coimbra: Diogo Gomez de Loureiro, 1612 [1ª edição].
    Suárez, Francisco, Defensio fidei Catholicae et apostolicae aduersus Anglicanae sectae errores: cum responsione ad Apologiam pro iuramento fidelitatis & Praefationem monitoriam Serenissimi Iacobi Angliae Regis, Coimbra: Diogo Gomez de Loureiro, 1613 [1ª edição].
    Suárez, Francisco, Commentariorum ac disputationum in tertiam partem divi Thomae; tomus tertius: qui est primus De sacramentis, Mainz: Balthasar Lippius, 1619.
    Suárez, Francisco, De fide em Opus De Triplici Virtute Theologica, Fide, Spe, Et Charitate: In tres Tractatus, pro ipsarum virtutum numero distributum, Moguntiae: Mylius Birckmannus, 1622.
    Suárez, Francisco, Operis de religione: Pars secunda, quae est de statu religionis, ac tomus tertius in ordine, complectens tractatum septimum de obbligationibus quae religiosum constituunt, Lugduni: sumptibus Iacobi Cardon & Petri Cauellat, 1624.
    Suárez, Francisco, Conselhos e Pareceres, volume II, tomo II, Coimbra: por ordem da Universidade, 1952.
    Suárez, Francisco, De Legibus, com estudo preliminar e edição bilingue de Luciano Pereña e V. Abril, XIII volume de Corpus Hispanorum de Pace, Madrid, Consejo Superior de Investigaciones Cientificas – Instituto Francisco Vitória, 1974.
    Tinhorão, José Ramos, Os Negros em Portugal – Uma presença silenciosa, Lisboa: Editorial Caminho, 1988.
    Vila Vilar, Enriqueta, “La postura de la Iglesia frente a la Esclavitud. Siglos XVI y XVII”, in Esclavitud y derechos humanos : la lucha por la libertad del negro en el siglo XIX : Actas del Coloquio Internacional sobre abolición de la esclavitud, Madrid 2-4 diciembre, 1986, coordenado por Francisco de Paula Solano Pérez-Lila e Agustín Guimerá Ravina, 25-32, Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Cientificas/Centro de Estudios Historicos, Departamento de Historia de América, 1990. 
    Vitoria, Francisco de, Relectio De Indis, Relectiones theologicae XII in duos tomos divisae, Lugduni [Lyon]: Jacques Boyer, 1557.
    Vitoria, Francisco de, Relectio De Indis o libertad de los indios, edição crítica bilíngue por Luciano Pereña e J. M. Pérez Prendes, V vol. do Corpus Hispanorum de Pace, Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Cientificas, 1967.
    Zeron, Carlos Alberto de Moura Ribeiro, “O debate sobre a escravidão ameríndia e africana nas universidades de Salamanca e Évora”, in: Jesuítas, ensino e ciência. Séculos XVI-XVIII, organizado por Luís Miguel Carolino e Carlos Ziller Camenietzki, 205-226, Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2005.
    Zeron, Carlos Alberto de Moura Ribeiro e Camila Loureiro Dias, “A Igreja e a escravidão no mundo atlântico: notas historiográficas sobre a doutrina católica no mundo moderno e contemporâneo”, Portuguese Studies Review, vol. 25, n.º 2 (jul-dec 2017), 85-106.

Carrinho  

Sem produtos

Envio 0,00 €
Total 0,00 €

Carrinho Encomendar

PayPal

Pesquisa