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Wittgenstein: Investigações Estéticas

Moura, Vítor. “Wittgenstein: Investigações Estéticas.” Revista Portuguesa de Filosofia 55, no. 1–2 (1999): 111–28. DOI 10.17990/RPF/1999_55_1_0111.

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Wittgenstein: Investigações Estéticas

Author Vítor Moura
Rights © 1999 Revista Portuguesa de Filosofia | © 2015 Aletheia - Associação Científica e Cultural
Volume 55
Issue 1-2
Pages 111-128
Publication Revista Portuguesa de Filosofia
ISSN 0870-5283; 2183-461X
Date 1999
DOI 10.17990/RPF/1999_55_1_0111
Language Portuguese
Abstract

Resumo: Começando por recordar, com base em Gadamer. a oposição entre dois modos clássicos da reflexão estética - o modelo partilhado por autores como Espinosa e Schopenhauer e o modelo da hermenêutica de Dilthey -, pretende-se, em primeiro lugar, verificar como a posição dos textos de Wittgenstein sobre arte se aproxima da primeira perspectiva na defesa do carácter autónomo do objecto artístico e da compreensão intransitiva que lhe está associada. Num processo análogo à compreensão de uma frase verbal, a compreensão de um objecto artístico significa uma (in)determinada capacidade técnica baseada numa configuração normativa não totalmente com-pendiável - o jogo de linguagem. No esclarecimento desta analogia, e na consequente procura da gramática do termo "compreender", é proposta uma série de exemplos através dos quais são investigadas experiências de uma súbita compreensão, a nível verbal como a nível estético. Porque tais exemplos se assemelham aos casos de "Aha-Erlebnisse" estudados pela Psicologia Gestaltista, e porque de tal proximidade se abre uma via de comparação entre os trabalhos de Wittgenstein e os autores gestaltistas, o artigo encerra com um percurso por essa mesma via.

 

Abstract:  This essay begins by recalling, on the basis of Gadamer's thought, the opposition between two classic modes of the esthetic analysis: the model shared by authors such as Spinoza and Schopenhauer, and the Dilthey’s model of hermeneutics. It aims, firstly, at verifying that Wittgensteirvs thought in his texts on art is close to the first model, as he supports the autonomous character of the artistic object, and of the intransitive understanding which is closely associated with it. The understanding of an artistic object is similar to that of a sentence, it entails an (un)determined technical capacity based on the language game, something that is not completely epitomizable in a normative configuration. In an attempt to clarify this analogy, and in the consequent search for a grammar of the word "understand", a set of examples is put forward, on the basis of which experiences of a sudden understanding are investigated, both at the verbal and at the esthetical levels. Since such examples are close to the "Aha-Erlebnisse” studied by Gestalt Psychology, and also because such proximity opens a way of comparing the works of Wittgenstein and of other gestalt authors, the essay ends up by investigating such a way.

Date Added 21/07/2015, 11:44:48
Modified 21/07/2015, 11:59:16

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