Do Luto
Jorge Correia Jesuíno and Clara Costa Oliveira, eds., Do Luto, Filosofia 42 (Braga: Axioma - Publicações da Faculdade de Filosofia, 2016), DOI 10.17990/Axi/2016_9789726972570
Jorge Correia Jesuíno and Clara Costa Oliveira, eds., Do Luto, Filosofia 42 (Braga: Axioma - Publicações da Faculdade de Filosofia, 2016), DOI 10.17990/Axi/2016_9789726972570
Type | Book |
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Editor | Jorge Correia Jesuíno |
Editor | Clara Costa Oliveira |
DOI | 10.17990/Axi/2016_9789726972570 |
Rights | © 2016 Aletheia - Associação Científica e Cultural |
Series | Filosofia |
Place | Braga |
Publisher | Axioma - Publicações da Faculdade de Filosofia |
ISBN | 978-972-697-256-3 978-972-697-257-0 |
Date | 2016 |
Series Number | 42 |
Language | Portuguese |
# of Pages | 232 |
Date Added | 25/07/2016, 11:07:55 |
Modified | 25/07/2016, 11:17:29 |
Contents |
Alexandra Nobre, “Luto – Um salto quântico de martelo anguloso a seixo rolado,” p., xiii–xviii, DOI 10.17990/Axi/2016_9789726972570_xiii
Jorge Correia Jesuíno and Clara Costa Oliveira, “Introdução: Do Luto,” p., 1–8, DOI 10.17990/Axi/2016_9789726972570_001
Alexandre Brito, “Notas sobre Morte e Morrer e Objetos Psicossocialmente Elaborados,” p., 9–32, DOI 10.17990/Axi/2016_9789726972570_009
Abílio Oliveira, “Emoções (Des)Conhecidas – Os mais jovens face à Morte e ao Luto,” p., 33–64, DOI 10.17990/Axi/2016_9789726972570_033
Maria Azevedo, “Horizontes do Morrer,” p., 65–98, DOI 10.17990/Axi/2016_9789726972570_065
Ana Granja, “A Morte e o Luto em Contexto Escolar,” p., 99–120, DOI 10.17990/Axi/2016_9789726972570_099
Maria de Jesus Moura, “Necessidades Relacionais das Crianças em Luto,” p., 121–42, DOI 10.17990/Axi/2016_9789726972570_121
Clara Costa Oliveira, “Luto de Vivos: Caminhando (como uma casa) em Chamas,” p., 143–62, DOI 10.17990/Axi/2016_9789726972570_143
Jorge Correia Jesuíno and Isabel Pestana, “Caminhos da Melancolia,” p., 163–200, DOI 10.17990/Axi/2016_9789726972570_163 |
Agora que li este livro, luto passou a ser um conceito menos anguloso, assim à laia de um seixo rolado que tanto pode dar pancadas secas (lembram-se do martelo?), como apaziaguar os músculos numa massagem de pedras quentes. E já não é negro. É cinzento, cinzento claro vá, vamos com calma... O luto surge aqui como um elo que confere sentido à vida e à morte já que (também lerão) “a morte de um ente querido provoca grandes alterações na vida, que somente um processo de luto saudável ajuda a resolver.”
(Alexandra Nobre, in Apresentação)
Precisamos de retomar, ou de reinventar, rituais que facilitem a integração do sofrimento e do luto no ciclo vital, individual e comunitário. Se a morte não tem qualquer sentido, a vida é um absurdo, e desaparecer para sempre quanto antes pode constituir ele próprio um sentido. Da importância antropológica e comunitária falamos repetidamente ao longo desta obra; ela permite que o processo de luto culmine numa melancolia doce e simultaneamente triste... Podemos então caracterizar este livro como se estruturando em uma dialéctica onde morte, luto e melancolia constituem cada um deles possíveis “interpretantes” ou mediações dos outros dois conceitos.
(Jorge Correia Jesuíno e Clara Costa Oliveira, in Introdução)
Os adultos têm muita dificuldade em lidar com emoções muito intensas nas crianças. Para eles também é importante compreender o que é um processo de luto infantil (...) A perda de um elemento da família nuclear na infância pode constituir-se como um factor de risco para o desenvolvimento emocional da criança. Tendo como base as respostas emocionais das crianças em luto e os factores de risco para o seu desenvolvimento, reconhecemos assim que as crianças em luto têm necessidades específicas de serem informadas, envolvidas e simultaneamente protegidas, para facilitar a sua adaptação.
(Maria de Jesus Moura, in Capítulo 5)